Os cães ladram mas a caravana segue em frente
Tá bom, chega de reclamar e mão à obra. Se não pode vencê-los, suborne o juiz!Definindo objetivos
Meu objetivo pessoal é esclarecer pontos obscuros e discutir assuntos tabus. Foi por isso que criei o pôcafe.
- Beber?
- Crente pode tomar cerveja no bar? Pode tomar vinho em casa com sua esposa? Pode convidar os amigos para uma noite de queijos e vinhos?
- Fumar?
- Cigarro? Charuto? Cachimbo? Maconha?
- Rodízio de massas?
- Podemos comer até não agüentar mais? Juntar a galera pra uma orgia gastronômica?
- Ouvir música “do mundo”?
- Rock? MPB? Funk? Pagode? Clássica?
- Dançar?
- Só um pouco? Só se não forem “danças que excitam”?
- Namorar não crente?
- Ficar?
- Masturbação?
- Sexo antes do casamento?
- Sexo no casamento?
- Crente vota em crente?
- Os valores religiosos devem se aplicar à legislação?
Enfim... isso só pra ficar no terreno do “pode x não pode”, que será minha primeira estratégia.
Sei que são temas meio manjados, mas nunca ouvi uma conversa franca sobre eles. Alias, lembro-me de que conversamos sobre nossa ida à Lapa, e que aquela foi realmente uma realmente uma conversa franca. Sinto falta disso. Eu gostaria de proporcionar aos jovens um espaço para falarem sobre essas coisas.
Nossa vã filosofia
Tico me perguntou porque eu não voltaria para o curso de Psicologia. Eu estou decepcionado com a Psicologia, mas aprendi coisas interessantes, e aprendi a olhar para as pessoas de uma maneira diferente. Um psicólogo tradicional não passa de uma amigo profissional. Um profissional que recebe para ouvir nossos problemas e tudo aquilo que não diríamos a mais ninguém.
O mau do século é a solidão. As pessoas se tornam ilhas de solidão no meio da multidão. Por que? Porque não estamos dispostos a ouvir o outro sem fazer julgamentos.
O que eu quero é criar um “clima de acampamento permanente”, onde nos sentimos unidos e verdadeiros irmãos. Onde podemos contar nossos piores segredos sem medo nem culpa.
Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!
Odeio opressão. Odeio autoritarismo.
Quero mostrar aos jovens que eles são livres.
Chega de ouvir nossos pais dizerem “porque não.” Ou “porque eu não quero e pronto.”
Chega de ouvir os Pastores e Líderes condenarem comportamentos sem embasamento bíblico.
Basta de recebermos os conceitos enlatados que nos empurram. Basta de deixarmos que os outros pensem por nós!
Como trabalhar isso no tema anual?
Eu mostraria aos jovens a superficialidade do tema.
Abriria seus olhos e diria:
“Vejam isso! Eles estão querendo te enquadrar! Fuja da fôrma! Saia da caverna e encare o sol!”
Mas não poderia ser assim, pois as autoridades instituídas não apoiariam o movimento. Bem, mas se eu estivesse preocupado com o apoio das autoridades instituídas não seria revolucionário...
Façamos o seguinte então: vamos questionar aos jovens quais são suas paixões. Vamos descobrir suas prioridades. Sem demagogias. Vamos perguntar coisas do tipo:
- Você estuda? Trabalha? Onde e em que horário?
- Você mora com seus pais? Sozinho? É casado(a)?
- Você consegue fazer aquilo que gosta, ou é repreendido por seus pais, pastores, cônjuge?
- O que você gostaria de fazer mas não pode?
- A que horas você costuma dormir durante a semana?
- O que você costuma assistir na TV?
- Que filmes você viu recentemente?
- Você gosta de ler? O quê?
- A que horas você costuma acordar nos fins de semana?
- O que você gosta de fazer sábado pela manhã?
- O que você gosta de fazer sábado à tarde?
- O que você gosta de fazer sábado à noite?
- O que você gosta de fazer domingo pela manhã?
- O que você gosta de fazer domingo à tarde?
- O que você gosta de fazer domingo à noite?
Com estas perguntas traçaríamos o perfil da galera. Os questionários devem ser anônimos, para garantir respostas verdadeiras. Assim podemos saber quais são os hábitos dos jovens. Saber se a idéia do ano passado, dos hábitos espirituais, saiu do papel.
Com estes dados, podemos descobrir as “paixões” dos jovens, e trabalhar isso para que o amor por Cristo Jesus seja maior que todo o resto. O que acham?
Vida longa e próspera!
5 Comments:
marcelo, eu achei a sua idéia muito muito boa mesmo!
oreceisamos conhecer com quem e pra quem estamos trabalhando pra poder fazer os remédios que realemente serão necessários. uma pesquisa como essa seria de extrema importância.
seria bem legal tbm que durante a realização dessas pesquisas, a liberdade de expressão fosse bastante enfatizada, pois, mesmo que as pesquisas sejam anônimas, acredito que não passaria na cabeça de ninguém que responder "gostaria de fazer uma suruba mas não posso" francamente por medo da repressão ou do pastor rodrigo usar isso como exemplo em suas pregações.
acho sim que esse tipo de debates francos são absolutamente salutares pra nossa igreja e sociedade, pois a alienação dessa geração (e da outra e da outra e da outra...) existe porque eles nunca existiram.
bjobjo
Fala aí Patropi...
Sobre o seu comentário lá no meu blog no post "O Figo", coloquei uma resposta lá ok?
Bjunda. Fica na paz.
Ah, e sobre a pesquisa, é ótimo que os assuntos sejam debatidos de forma franca. E quanto mais se discute e se fala, mais se chega a conclusão que "Amar a Deus sobre TODAS as coisas, e ao teu próximo como a ti mesmo" resolve tudo o que é essencial. As outras discussões acabam sempre indo para o secundário. E como sempre te digo... sejamos flexíveis no secundário e firmes no essencial!
Fui.
Essa é uma idéia boa, MArcelo, mas bastante ousada. Acharia bem interessante se começassemos nós mesmos a responder isso e discutir isso entre a gente.
Para pensar:
A idéia é boa, mas não dá para sugerir que uma igreja toda deixe de lado suas "barreiras ocultas" com em um passe de mágica e comece a olhar com seriedade o assunto.
Se você tem a informação e não sabe lidar com ela, pode gerar sofrimento desnecessário. COmo assim? (tudo no campo dos esteriótipos, hipoteticamente)
Vc é muito amigo de um cara, descobre nesse questionário que ele entende a masturbação como algo natural e que seu programa preferido de sábado a tarde é visitar "cabines" ou coisa parecida e ele justifica esse comportamento da seguinte forma: Paulo diz, "é melhor casar do que ficar abrasado". "Bem, enquanto não caso, não acho a mulher de Deus para minha vida, vou resolvendo desta forma".
Você vai lidar com ele da mesma forma?
('Vc' aqui tb é hipotético, só colocando o ponto de vista, tá)
Por isso a idéia é manter o questionário anônimo.
Assim teremos dados estatísticos e idéias de diagnóstico.
Boa.
Só pra mandar um abraço.
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