O grande saloon de nossas vidas.
O post que se segue foi um comentário ao texto do Luiz Asp de Queiroz (cara, eu gosto do seu nome, acho que vou pegar ele pra mim). Luiz relata uma experiência de sua vida. Uma amiga o convida para seu aniversário e a noite termina de forma abrupta. Vale a pena ler.Segue link para o post dele: Loneliness of long distance runner
Segue meu comentário, que também está na página dele.
Irmão,
Quando vc pediu que eu lesse o texto, eu já o havia lido. Comentei em casa, mas não tive coragem de postar nada.
Pelo texto em si, parabéns pelo estilo. O texto flui leve como um conto, em contraste ao conteúdo denso e triste.
Pela experiência de vida... cara, eu gostaria de comentar cada linha, mas seria um post enorme! Vou tentar.
Você começa dizendo que não sabe bem o porquê, mas quer ficar em paz com seu passado. Ontem escrevi, mas ainda não publiquei, uma reflexão sobre liberdade. Nunca seremos realmente livres, pois estamos presos a nós mesmos. Por mais que você queira, não poderá mudar sua história e os efeitos que ela causa em você. O melhor é fazer catarse dos sentimentos, e ficar com a moral da história.
Todos somos cheios de nós aos dezoito. Ou em algum lugar próximo à isso. Chega uma hora em que nos damos conta de que o mundo não é só aquilo que nos é dado por nossos pais ou seja lá quem nos educou. Há muita coisa lá fora que podemos explorar e não tivemos chance ainda. Já temos controle total sobre o mundinho em que vivemos, e isso nos faz pensar que estamos prontos para o mundão lá fora.
Cada vez que contamos uma história, contamos de um jeito diferente. Nossas experiências desde o fato até o momento em que se conta a história distorcem o fato em si. Mas não se preocupe, confiaremos em você. Mas estamos cientes de que esta é a sua versão da história.
Pois bem, foi uma experiência e tanto. Quando olho para meu passado e me pergunto: Porque fiz isso? Por que não fiz aquilo? Costumo me imaginar entrando num bar, na verdade um saloon, com aquele barman coroa com avental sujo. Peço algo pra beber. O que peço depende do meu atual estado de espírito. Hoje eu pediria café com leite, mas já pedi de whisky à cicuta. Olho para os lados e vejo infinitas versões de mim mesmo, como na Crise das Infitas Terras, cada qual bebendo uma bebida diferente, usando roupas diferentes. Eles eram eu e eu era eles, mas não éramos exatamente a mesma pessoa.
Por várias vezes somos expostos à situações em que nossas chances são 50-50. Tomaremos uma posição, por desejo ou por inercia, e carregaremos esta decisão pro resto da vida. Como saber se foi a melhor escolha? Entre no bar e pergunte pra cópia ao lado.
Um grande abraço,
Deus te abeçoe.
5 Comments:
Oi Marcelo!
Obrigado pela sua observação! Se você não falasse, provavelmente não teria notado...
Um beijo pra Djanyra e um abração pra você!
Abrupta? Tá falando difícil, hein!
abraços, e valeu!
eu queria mesmo cmentar o "pastor não é sacerdote", mas algo de estranho acontece ao meu computador que eu não consigo ler a mensagem até o final...
prometoq eu assim que conseguir, eu comento.
por hora, digo apenas que me satisfaz e muito te ver de volta ao mundo virtual.
bjobjo
é concordo com oq vc disse....de 91 pra frente não fizeram meninas de 14 anos como antigamente...
bjus
é eu tb postei lá...
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