Machado de Assis
"Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento." Machado de Assis
O culto cristão constitui, diferentemente doutras formas que o culto assume no panorama religioso da Humanidade, quando parece uma busca ansiosa de Deus, ou tentativa de aplacar a ira de Deus, e, aos gritos, o ser humano clama por um Deus distante, resposta da criatura remida por Jesus Cristo, alcançada por Sua graça, ao imenso amor de Deus, mediante expressões de louvor e adoração.
Ninguém comparece na Casa do Senhor apenas para “assistir ao culto”, como mero espectador, como se estivesse num teatro. Não e não.
O culto “em espírito e em verdade” não é o que se presta de maneira formal, insincera, em que se divorciam coração e lábios; e em que a consciência se mostra distante dos atos de louvor e adoração.
alguns perigos que precisam de ser enfrentados ou evitados. Por exemplo:
1) Lugar menos honroso à pregação, à Palavra, a Jesus Cristo cuja pessoa e cujos ensinos são pregados, e mais honra ao pregador;
O Congresso realizado em Niterói assinala, no documento denominado Declaração de Niterói sobre Adoração, que são algumas de suas preocupações:
1) a transformação, com muita freqüência, do culto em “show” e exibição de beleza musical ou de talento retórico, como seu objetivo principal;
2) a “clericalização” do culto, com suas principais funções exercidas por ministros ordenados;
3) a informalidade excessiva, a improvisação, a desarmonia e desarticulação entre as partes do culto;
4) a hipertrofia dos chamados “momentos de louvor” nos cultos, em detrimento da ministração da Palavra que orienta, alimenta, santifica, conduz à fé e à vida de compromisso com Deus, em alguns casos pretendendo substituir a pregação pelos cânticos;
5) a focalização do culto na pessoa humana, no seu prazer e divertimento, cambiando a ênfase da ética para a estética, do ser santo para o ser feliz e realizado como pessoa;
6) também a consideração das ordenanças do Batismo e da Ceia do Senhor como apêndices do culto e não como artes essenciais dele, portadores que são das grandes verdades da fé cristã.
QUAIS OS PERIGOS QUE VEJO? (Irland Pereira de Azevedo, Conferencista, professor, pastor emérito da PIB de São Paulo – irland@aclnet.com.br)
1. Em primeiro lugar, a tentativa ou pretensão humana de manipulação de Deus, o que é uma forma de magia.
Gerhard Von Rad acredita que o próprio Moisés, ao tentar saber o nome de Deus, podia ter a pretensão de “conhecê-lo”, para “dominá-lo” ou pô-lo a seu serviço.
COMO HÁ DE SER, ENTÃO, O CULTO ACEITÁVEL DIANTE DE DEUS?
Comunidade litúrgica que é, como a igreja há de cultuar a Deus, de maneira aceitável?
* Já vimos que o culto há de ser espiritual: “em espírito e em verdade”.
* O culto há de ser prestado só a Deus (Pai, Filho e Espírito Santo).
* O culto há de privilegiar a Palavra de Deus.
* O culto há de ser prestado por lábios purificados, que confessam o nome do Senhor.
* O culto há de ser da comunidade inteira, não de oficiantes privilegiados.
* O culto há de ser de todo o nosso ser, e com a inteligência e as emoções.
* O culto há de produzir mudança de vida, santidade e disposição de servir.
Com efeito, o culto verdadeiro não nos deixa os mesmos que entramos no templo.
* Como o culto é resposta humana ao amor de Deus, deve ser prestado dentro das categorias da cultura de cada povo, e não por meio de formas culturais alienígenas – a menos que universalmente aceitas.
Depois comento esta matéria, mas notem o seguinte: a única coisa listada de origem cristã são as alianças!
O resto vai de maus espíritos à dragões, passando por raptores.
Sábado passado (03/09) fui ao casamento de um casal de amigos, que agora estão em lua-de-mel. Will e Lyvia, sejam felizes!
Com o fim de meu primeiro casamento e a aproximação do segundo e, espero em Deus, último e eterno, resolvi analisar o que significa toda aquela cerimônia, pompa e circunstância. Sinceramente, para mim a cerimônia é apenas um evento social. Não serei mais ou menos feliz por causa da cerimônia, da benção do pastor, da presença dos padrinhos, das criancinhas embonecadas...
Casamento é muito mais que isso. Alias, aquela cerimônia e a festa que se segue nada têm haver com casamento. Cerimônia de casamento nada mais é que jura de amor. O que vale disso tudo é a promessa feita ao outro. Eu já fui casado. Entrei na igreja, católica, pois eu não era nada e minha ex era católica. Fui lá e jurei que amar e respeitar, na alegria e na tristeza, blá blá blá. De que valeu isso? Hoje olho para aquele momento e percebo que eu estava buscando minha vontade. Eu queria ser independente, queria ser livre, ter minha casa, minha mulher, minha filha. Eu, Eu, Eu.
Claro, o erro estava em mim, não na cerimônia. Mas o que diacho a cerimônia acrescenta? Hoje, às vésperas de outro casamento, reflito a cada dia sobre o que estou fazendo. Porque quero casar-me novamente? E diferença desta vez é que minha certeza não vem de mim, mas de Deus. Hoje busco Sua aprovação a cada passo.
Em meu coração, e sei que no da minha amada Pequeninha, nós já estamos casados. Afinal, já juramos fidelidade, e mais que isso, somos fiés e desejamos um ao outro e mais ninguém. Compartilhamos alegrias e tristezas. Passamos juntos pelos momentos difícies, orando e apoiando um ao outro. Damos graças juntos por tudo o que o maravilhoso Deus faz em nossas vidas. Partilhamos dinheiro, trabalho, aluguel, fé, bíblia, almoço e jantar, amigos, doença, TPM, cólica, grito, riso, ministério... não consigo pensar em nada que não seja comum a nós. Somos cúmplices. Na terra, somente ela conhece toda a verdade sobre mim, e somente eu sei toda a verdade sobre ela.
É... mas não somos casados. Não por falta de vontade. Não por falta de confirmação. Mas por morosidade de um processo judicial. Creio no Deus que é maior que qualquer problema, e que resolve todas as coisas em seu devido tempo. E esse mesmo Deus é que me faz questionar o que realmente significa casar.
O que vale para Deus? O papel assinado, dizendo que agora sim somos marido e mulher? A benção do pastor dizendo que agora sim somos casados? O testemunho dos padrinhos que poderão comprovar que agora sim podemos viver juntos?
Digo e repito: Não quero cerimônia de casamento! Não quero madrinhas alinhadas em degradê, ou com as cores do arco íris para simbolizar a aliança de Deus, e os padrinhos com camisas que combinem com o vestido de seus pares. Não quero dar uma festa de arromba, com guardanapos di chateau e suco de uva, porque crente não bebe. Não quero "andar até o terceiro banco. Parar. Olhar para o pastor e ouvir a benção". Não quero minha Pequenina adornada, enfeitada, mas que não pode ser beijada, pra não borrar a maquiagem. Não quero uma festa de mentira, onde ninguém festeja nada pra não escandalizar os irmãozinhos. Não quero ficar fazendo lista de convidados e dizendo "Esse eu tenho que chamar", mesmo que não fale com a pessoa há anos e nem sinta falta dela, apenas por compromisso social. Não quero pessoas esticando os cabelos só pra estar na igreja que elas vão todo domingo, mas o casamento é diferente né... Não quero bolsas combinadas com sapatos. Não quero gravatas combinadas com camisas e sapatos com cintos. Não quero estar fantasiado de noivo. Não quero ensaiar uma semana antes.
Compartilhamos todos os aspectos de nossas vidas. Nos falamos pela manhã e durante todo o dia. Até já trabalhamos juntos e passamos dois meses juntos, todo dia, o dia todo. Ontem ela saiu lá de casa onze da noite, hoje nos falamos às nove da manhã. E é assim todo dia. Mas enquanto não fizermos um evento social que mostre a todos que estamos dispostos a ficar juntos; enquanto não cumprirmos o ritual herdado dos romanos; enquanto não dermos uma festa; ela não será minha mulher e eu seu homem.
AH, sobre o artigo que está no título deste post, vale a pena ser lido, pois mostra o quanto as pessoas estão preocupadas com o futuro e esquecem de viver o presente.