terça-feira, setembro 06, 2005

Artigos: A Beleza dos Casamentos - A Cerimônia do Casamento - Veja - Stephen Kanitz

Artigos: A Beleza dos Casamentos - A Cerimônia do Casamento - Veja - Stephen Kanitz

Sábado passado (03/09) fui ao casamento de um casal de amigos, que agora estão em lua-de-mel. Will e Lyvia, sejam felizes!


Com o fim de meu primeiro casamento e a aproximação do segundo e, espero em Deus, último e eterno, resolvi analisar o que significa toda aquela cerimônia, pompa e circunstância. Sinceramente, para mim a cerimônia é apenas um evento social. Não serei mais ou menos feliz por causa da cerimônia, da benção do pastor, da presença dos padrinhos, das criancinhas embonecadas...


Casamento é muito mais que isso. Alias, aquela cerimônia e a festa que se segue nada têm haver com casamento. Cerimônia de casamento nada mais é que jura de amor. O que vale disso tudo é a promessa feita ao outro. Eu já fui casado. Entrei na igreja, católica, pois eu não era nada e minha ex era católica. Fui lá e jurei que amar e respeitar, na alegria e na tristeza, blá blá blá. De que valeu isso? Hoje olho para aquele momento e percebo que eu estava buscando minha vontade. Eu queria ser independente, queria ser livre, ter minha casa, minha mulher, minha filha. Eu, Eu, Eu.


Claro, o erro estava em mim, não na cerimônia. Mas o que diacho a cerimônia acrescenta? Hoje, às vésperas de outro casamento, reflito a cada dia sobre o que estou fazendo. Porque quero casar-me novamente? E diferença desta vez é que minha certeza não vem de mim, mas de Deus. Hoje busco Sua aprovação a cada passo.


Em meu coração, e sei que no da minha amada Pequeninha, nós já estamos casados. Afinal, já juramos fidelidade, e mais que isso, somos fiés e desejamos um ao outro e mais ninguém. Compartilhamos alegrias e tristezas. Passamos juntos pelos momentos difícies, orando e apoiando um ao outro. Damos graças juntos por tudo o que o maravilhoso Deus faz em nossas vidas. Partilhamos dinheiro, trabalho, aluguel, fé, bíblia, almoço e jantar, amigos, doença, TPM, cólica, grito, riso, ministério... não consigo pensar em nada que não seja comum a nós. Somos cúmplices. Na terra, somente ela conhece toda a verdade sobre mim, e somente eu sei toda a verdade sobre ela.


É... mas não somos casados. Não por falta de vontade. Não por falta de confirmação. Mas por morosidade de um processo judicial. Creio no Deus que é maior que qualquer problema, e que resolve todas as coisas em seu devido tempo. E esse mesmo Deus é que me faz questionar o que realmente significa casar.


O que vale para Deus? O papel assinado, dizendo que agora sim somos marido e mulher? A benção do pastor dizendo que agora sim somos casados? O testemunho dos padrinhos que poderão comprovar que agora sim podemos viver juntos?


Digo e repito: Não quero cerimônia de casamento! Não quero madrinhas alinhadas em degradê, ou com as cores do arco íris para simbolizar a aliança de Deus, e os padrinhos com camisas que combinem com o vestido de seus pares. Não quero dar uma festa de arromba, com guardanapos di chateau e suco de uva, porque crente não bebe. Não quero "andar até o terceiro banco. Parar. Olhar para o pastor e ouvir a benção". Não quero minha Pequenina adornada, enfeitada, mas que não pode ser beijada, pra não borrar a maquiagem. Não quero uma festa de mentira, onde ninguém festeja nada pra não escandalizar os irmãozinhos. Não quero ficar fazendo lista de convidados e dizendo "Esse eu tenho que chamar", mesmo que não fale com a pessoa há anos e nem sinta falta dela, apenas por compromisso social. Não quero pessoas esticando os cabelos só pra estar na igreja que elas vão todo domingo, mas o casamento é diferente né... Não quero bolsas combinadas com sapatos. Não quero gravatas combinadas com camisas e sapatos com cintos. Não quero estar fantasiado de noivo. Não quero ensaiar uma semana antes.


Compartilhamos todos os aspectos de nossas vidas. Nos falamos pela manhã e durante todo o dia. Até já trabalhamos juntos e passamos dois meses juntos, todo dia, o dia todo. Ontem ela saiu lá de casa onze da noite, hoje nos falamos às nove da manhã. E é assim todo dia. Mas enquanto não fizermos um evento social que mostre a todos que estamos dispostos a ficar juntos; enquanto não cumprirmos o ritual herdado dos romanos; enquanto não dermos uma festa; ela não será minha mulher e eu seu homem.


AH, sobre o artigo que está no título deste post, vale a pena ser lido, pois mostra o quanto as pessoas estão preocupadas com o futuro e esquecem de viver o presente.

1 Comments:

At 2:57 PM, Anonymous Anônimo said...

Parabéns pelo pensamento amigo Marcelo, achei linda a tua sinceridade.
Finalmente caiu a ficha que Patropi era você, pois embora eu já soubesse teu apelido, eu não tinha feito a associação ao link no blog da Alê... ai ai

É gostoso saber o que os amigos pensam e sentem...

BEIJÃOZÃO da BIONCA

 

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