quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Todo dia essa minha labuta. Eu trabalho como um filho... da luta! HUHAHUHAUHAU

Acordar.
Tomar café.
Escovar os dentes.
Tomar banho. Ou não.
Vestir-se.
Sair.
Andar até o ponto de ônibus.
Esperar.
Entrar e pagar a passagem.
Rever um velho amigo.
Buscar informações.
Querer saber como ele está e o que vai acontecer.
Saber as notícias da guerra.
Descobrir que o Egito não caiu perante a Síria.
Sentir pena do Rei deposto.
Compartilhar a última botija de cerveja daquele que já foi soberano.
Ter vontade de reparar as injustiças cometidas.
Saber que a morte dele é inevitável.
Descer do ônibus correndo com o livro debaixo do braço.
Bater o ponto.
Hora de trabalhar. Ou não.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Tédio

Sabe aqueles dias em que horas dizem nada? E você nem troca o pijama, preferia estar na cama. Um dia a monotonia tomou conta de mim. É o tédio.

Tô sofrendo do pior dos tédios: Tédio mental.

Tenho muitas ideais, coisas que estão fervilhando na minha cabeça, mas que nunca vão para o papel. Ou para a tela.

Não é que sejam idéias ruins, pelo contrário, há algumas que julgo muito boas. A dificuldade é vencer a inércia e deixar a idéia ganhar vida.

Também há momentos em que olho a idéia nos olhos, sinto seu cheiro, seu gosto. Às vezes chego a me apaixonar, mas então me pergunto: “Será que há algo que se possa dizer: veja! Isso é novo! Não tudo já existia e vai continuar existindo depois de mim.” Nesses momentos recolho-me a minha pequena insignificância.

Eu não gosto de ser importunado por idéias estrangeiras. Então por que forçar minhas idéias aos outros?

As idéias estão no chão, você tropeça e acha a solução.

Às vezes sinto que não há mais espaço no mundo para viver como amador. Tudo hoje em dia é profissional, custa caro e logo sai de moda.

É verdade, eu gostaria de escrever. Mas e depois? Eu teria que me corromper e ceder ao mercado para vender livros. Toda editora que o novo Best Seller. Não importa se Harry Potter é bom ou ruim. Ele vende. E muito. Paulo Coelho é imortal. Nunca li nada dele para criticar. Na verdade tentei ler Brida. A verdade é que ele é imortal porque vende muito. Vende muito porque é bom ou por que tem boa propaganda?

A cada dia são inventadas novas necessidades. As pessoas estão sempre em busca de algo. E há pessoas inventando esses algos para que os outros corram atrás.

Vaidade de Vaidade. Tudo é Vaidade.

É tudo tão antigo quanto a humanidade, mas ainda me incomodo com isso. Ainda bem.